Foi numa sexta feira 13, eu até nem era supersticiosa, mas quando numa sexta feira 13 me entram pela casa às 8h da manhã e me dizem, a Inês pode ter um tumor já se ligou para o IPO, vais já para lá, uma pessoa por muito céptica que seja... começa a desconfiar.
Foi a pior experiência da minha vida, o contacto directo com aquela realidade e a possibilidade de fazer parte dela...é devastador.
A minha Inês não era mais nem menos importante do que qualquer uma daquelas crianças, não era mais nem menos merecedora e se aconteceu a elas podia muito bem acontecer à minha filha, e foi aí que a dor começou...à séria.
As coisas que me passaram pela cabeça, a montanha russa de sentimentos, a espera....
Depois de uma semana de pesadelo, os resultados começaram a chegar e eram optimistas, cada vez mais a hipótese de tumor era posta de parte e no fim foi encaminhada para outra especialidade que não oncologia.
A Inês agora está medicada para um inflamação/infecção.
Se já estou de coração tranquilo? Não não estou...só vou ficar quando ela estiver boa
Se noto melhoras na Inês? Há dias que sim e outros que nem tanto...pode ser uma questão de tempo...
Se o fantasma do IPO já se foi embora? Não não foi, foi um susto do caraças, vai levar algum tempo a apagar da memória.
Next Steps:
Manter a calma e esperar que tudo se resolva o mais rápido possível
Acreditar que acertaram no diagnóstico e que é só uma questão de tempo até se notarem melhoras significativas
Quando tudo passar apanhar uma valente bebedeira
Juntar uma grupeta e deixar muitos cócós verdes e mal cheirosos à porta do médico que colocou a hipótese de tumor.
E resumidamente foi isto, uma pessoa além de não ter férias, passa todo um verão enfiada em hospitais...mas não me posso queixar, podia ter sido pior.
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