terça-feira, 30 de abril de 2013

O terror da adopção



Este fim de semana estive com 3  crianças, que estão para adopção, tinham entre 5 e 8 anos.
Foi a primeira vez que contactei com esta realidade e desde então não consigo parar de pensar nelas.

São crianças normalíssimas, lindas, brincalhonas, bem tratadas, bem alimentadas e bem educadas (na minha ignorância, sempre achei que estas crianças seriam agressivas e problemáticas,  tendo em conta que foram rejeitadas e abandonadas, teriam toda a razão do mundo, mas enganei-me), a diferença mais evidente e óbvia, é que são extremamente carentes, abraçam-nos e encostam-se a nós assim que nos conhecem.

Eu ali fiquei a olhar para elas e a pensar na triste sorte que as escolheu, que injustiça, que tristeza.

No fim do dia de festa, as restantes crianças voltaram para suas casas, para os seus pais e elas lá foram as 3, a chorar, para a instituição, o único porto de abrigo. Partiu-me o coração.

Esta experiência deixou-me muito revoltada,  acho mesmo que os pais que abandonam os filhos, por negligência, deviam ser seriamente punidos.
Porque vistas as coisas, os pais são uns irresponsáveis, cobardes, ingratos,  engravidam, não lhes dá jeito, entregam a criança a uma instituição e continuam com a sua vidinha, e as crianças, que não pediram para nascer, ficam ali...entregues à sua sorte.

Duas das crianças com quem estive eram irmãs e têm um terceiro irmão, mais velho, que estava numa outra instituição. Cada um tinha um pai diferente. Conclusão, tantos os pais como a  mãe destas crianças, estão livres, provavelmente a  fazer mais filhos, e as pobres crianças abandonadas,  esperando que apareça alguém que se apaixone por elas e as queira levar.

Também ajudava se a merda do sistema de adopção fosse menos burocrático e arcaico. Simplificando, provavelmente muitas das crianças que ainda hoje estão para adopção, já teriam uma casa e uma família.

Estou com muita raiva de pais que abandonam os filhos!!!!






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