Vivi a maior parte da minha vida com os meus avós, foram eles que me educaram e posso-vos dizer que o meu avô não brincava em serviço, no que diz respeito a regras de educação.
Não tolerava uma série de coisas, e não abdicava de outras, as refeições por exemplo, eram feitas sempre sem excepção, às 13h (o almoço) e às 20h (o jantar) e ai de quem não estivesse a essa hora.
Andar pela casa a passear de pijama ou roupão, era coisa que não era permitida, pijama e roupão foram feitos para estar no quarto e pouco mais. Se não estamos no quarto, se não estamos a ir para o quarto, ou se não estamos a vir do quarto, então não há razão para ter o pijama e roupão vestido.
Por isso, aquela coisa de chegar a casa ao fim do dia e vestir o pijama "para ficar à vontade" foi coisa que nunca nos assistiu, assim como sentar à mesa em pijama ou roupão, era coisa impensável.
Na altura achava isto tudo um grande exagero, tinha amigas adeptas do pijama quando chegavam a casa e achava uma injustiça eu não poder fazer o mesmo, não via mal nenhum nisso, até achava cool. Agora dou comigo a agradecer por ter sido educada assim, mais vale a mais, do que a menos. O importante é que as bases foram muito bem passadas e eu adaptei-as à minha maneira de estar, ao que eu considero razoável e correcto.
E parece-me que isto está a ser muito bem passado para a Inês, pequena criança que toma o seu banho ao fim do dia, veste o fato de treino e calça os meus sapatos de salto alto.
Seria o orgulho do bisavô.
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