segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Uma Trabalheira

Não me sei vender, é um facto. Sou muito prática e simplista, e às vezes fico com a sensação que me prejudico.

Ora vamos a um exemplo prático, se me perguntarem o que fazes (e imaginando que o meu trabalho é envelopagem (não sei se este termo existe))?

A minha resposta é: Envelopagem.

Há pessoas que fazem exactamente o mesmo que eu, e quando lhe perguntam, o que fazes a resposta é:

O meu trabalho consiste na arte de envelopar. Neste trabalho é necessário reunir o conteúdo, que vai ser alvo de envelopagem, depois de o reunir e organizar, é necessário escolher o tipo de envelope, por forma a termos a certeza que o envelope escolhido cumpre os objectivos pré-definidos.

Quando se consegue conciliar estes dois parâmetros (conteúdo + envelope), passamos então à segunda fase, não a menos difícil. Nesta fase temos de manusear cuidadosamente o envelope e colocar o conteúdo no seu interior. Este é um trabalho de grande perícia, uma vez que não há margem de erro.

Na fase 3, temos a colagem do envelope, e esta será talvez, a parte mais difícil.
Depois de retirada a película já não é possível voltar atrás, o que faz com que esta acção seja de grande responsabilidade e só seja feita quando estamos completamente seguros.
Deveremos ter sempre em conta do risco de danificar o conteúdo caso este toque na cola do envelope, esta fase requer muita concentração.

Este é um trabalho que se divide em três fases, que requer uma grande responsabilidade e concentração.

E é isto, não é difícil perceber a diferença.

Cada vez mais me deparo com pessoas do tipo cromo, e quando os oiço falar pergunto-me se eles acham mesmo que estão a convencer alguém? Mas o problema é que se calhar convencem.



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