A Família

Nascemos no seio de uma família e essa é a nossa maior referência.

A família, os comportamentos, as relações os genes fazem parte de nós, ajudam-nos a construiu a nossa personalidade o nosso carácter.

Sem a nossa família seriamos outras pessoas,  iríamos pertencer uma outra família, iríamos ter um outro comportamento, uma outra vida, outros valores.

A família dura uma vida e uma vida é um caminho muito longo, que nem sempre é simples, nem sempre é a direito, tem muitas curvas, muitas armadilhas, muitas incertezas, muitas surpresas, muitas alegrias e muitas tristezas.

É importante lembrar que neste longo percurso de vida, quem hoje nos desiludiu foi quem ontem nos deu a mão. Não podemos achar que somos donos da razão e da moral, a vida dá muitas voltas e é quase inevitável, que amanhã, seremos nós a desiludir alguém.

Não há pessoas perfeitas, não há famílias perfeitas, há a nossa família, com tudo o que tem de bom e de mau.

No final da linha, quando tudo o resto nos faltar, é à família que vamos recorrer e é a família que nos vai acolher, aconteça o que acontecer, disso não tenho a menor dúvida.

Notas da Inês

Chegaram as notas dos testes e não fiquei nada satisfeita.

Muito Bom a Lingua Portuguesa e Satistaz, a Estudo do Meio e a Matemática.

O que me enerva é que ela sabe fazer, mas é uma apressada, uma distraída que quer ser a primeira a acabar,  já lhe disse várias vezes, mais vale ser a  ultima e ter tudo bem do que ser a primeira e ter coisas erradas e notas baixas. Mas ela não quer saber, é uma apressadinha, que acha que recebe um prémio por ser a  primeira e como se previa, não deu bons resultados.

Ok, eu sei, não é grave, está na primária e afinal não teve nenhuma negativa, mas eu não quero que ela ache que Satisfaz satisfaz, porque não satisfaz e eu quero que ela tenha essa noção.

Não quero que ela fique satisfeita com um satisfaz. Ela consegue melhor e tem de ter melhor.

Tenho para mim que isto da escola e dos estudos que vai dar cabo dos nervos.

Sozinha em casa

Hoje vamos ficar só miúdas em casa, eu a Inês e a Clarinha. O homem da casa vai de viajem e eu estou triste.

Bem sei que é só um dia, vai hoje e vem amanhã, mas a verdade é que não estou habituada a estar sem ele.

Com esta puta da crise, já se falou em ele tentar ir trabalhar para outro país, já se respondeu a  anúncios para outro país, e eu achei que, a acontecer, era coisa que eu levaria com uma perna às costas, sem dramas.

Agora que estou mortinha que chegue amanhã para ele voltar (sendo que a esta hora ainda nem seque foi), repenso essa hipótese e chego à conclusão que não ia ser nada fácil.

Claro que se tiver de ser será, claro que ninguém ia morrer, claro que com o hábito a coisa havia de resultar. Mas ia ser doloroso, não ia ser com uma perna às costas, tenho para mim que ia haver muita noite mal dormida e muita baba e ranho.