Sofro de síndrome de mãe de filha única.
O meu foco está 100% na Inês, o que me torna uma mãe um nadinha ansiosa, que precisa de ter a situação sempre controlada.
Quando alguma coisa foge ao meu controlo, a minha cabeça começa logo a fazer filmes de terror, dignos de Óscar.
Ora a Inês está de férias no Algarve com a avó, e eu cá estou, descansadíssima da vida, porque sei que ela está bem entregue, e sei que se está a divertir muito. Esta é a segunda semana que lá está e no próximo fim de semana vamos buscá-la.
Entretanto, a Inês informou-me que no próximo fim de semana, vai às piscinas com escorregas.
PÁRA TUDO, O PÂNICO O HORROR!!!
Meus amigos, desde então não penso noutra coisa.
Ela está num entusiasmo, que não se aguenta e eu estou com o coração apertadinho.
Ela vai bem acompanhada e concerteza que tomariam bem conta dela, mas eu ficaria, desde a saída à chegada, numa angústia pegada e imaginar os piores cenários possíveis.
Conclusão, parece-me que vou ter de dar a mão à palmatória e ir também aos tais de escorregas, eu que achava que ia ter um fantástico dia de praia, mas não, vou estar numa piscina pública, em Agosto, no Algarve, com centenas de crianças aos gritos e aos saltos, não consigo imaginar nada melhor.
Piscinas e crianças são uma mistura perigosa, que requer muita atenção. Todos os anos ouvimos histórias de crianças desaparecem, nos 2 segundos que os pais olharam para o lado, e relatos de acidentes graves, que resultaram de brincadeiras nas piscinas.
Por isso acho que está decidido, em vez de estar na praia a fingir que está tudo bem, quando na verdade iria estar num estado de nervos constante, vou-me juntar à grupeta e lá vou eu para os escorregas da piscina.
Se não os vences, junta-te a eles.
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