terça-feira, 11 de março de 2014

Avó, foi um prazer!




Hoje tive uma noite repleta de sonhos, estranhíssimos para variar, acho que devia fazer um tratamento qualquer, os meus sonhos não são normais. Para terem uma ideia já sonhei que estava a ser perseguida por gambas gigantes e sonhei também, que tinha tido um filho que era um hamburger com bacon...ah pois é, não é para todos, o meu tinha bacon. Ora digam lá se isto não merece um tratamento?

Hoje também andei a  noite toda numa rambóia de sonhos e antes de acordar lembro-me que estava a sonhar com a minha avó e que estávamos abraçadas e foi tão bom. E nisto ponho-me a pensar, e percebo que já passaram 18 anos desde o dia em que ela morreu, e parece que foi há tão pouco tempo. Acho que os momentos que nos marcam mesmo, aqueles mesmo à séria,  estão sempre muito presentes, quantas vezes não ouvimos, " já casamos há 5 anos, parece que foi ontem", ou "o filho já fez 40 anos ainda ontem era tão pequenino (esta sou eu..a que vai fazer 40 anos)", e neste caso, com a morte da minha avó sinto o mesmo, já passaram 18 anos e ainda me parece tão recente.

Foi a primeira morte que eu tive de enfrentar, e foi tão repentina, e foi de uma das pessoas mais importantes da minha vida, senão a mais importante naquela fase da minha vida. Foi logo assim à grande, se é para sofrer tomá lá o pacote completo a ver se te aguentas. E aguentei, que remédio, e serviu pelo menos para me preparar para as mortes que vieram a seguir, que superei com muito mais facilidade e tranquilidade.

A minha avó foi a minha maior perda, sem dúvida, não estava minimamente preparada, até porque não era suposto acontecer, um dia estávamos a fazer laços vermelhos para a árvore de natal e no outro dia, já não...
Custou-me horrores, e continuo a ter imensas saudades e a sentir a falta dela. Em 18 anos, tenho a certeza que não passou 1 dia que eu não pense nela, mas acho que mais pena tenho dos meus primos mais novos e da minha filha e dos que hão-de vir, que não vão ter o privilégio de a conhecer.

Avó obrigada, foi um prazer !

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