Ultimamente tenho esbarrado com várias crónicas sobre as mães, os filhos, a taxa de natalidade, em como tudo isto se relaciona e como são influenciados.
Já li que não temos o segundo filho porque estamos tão focados em dar tudo ao primeiro, que achamos que não temos o suficiente para um segundo. Concordo, acho que cada vez mais queremos ser os pais perfeitos e não percebemos que o que damos a um filho, provavelmente dá para dividir por 2, sem que isso afecte a sua felicidade.
Também já li que não temos mais filhos porque estamos habituados a começar a trabalhar tarde e a chegar tarde a casa, o que nos dá pouco tempo útil com a criançada... verdade.
Também nesta lógica, li há pouco tempo uma crónica cujo título era,
temos filhos para os ver a dormir, o que não deixa de ser verdade, na maioria dos casos tirando os fins de semana, é chegar a casa banhos jantares e cama, não anda longe da verdade... não senhora.
Só me faz alguma confusão, esta necessidade de encontrar sempre uma justificação, para quem não tem filhos, ou para que não tem mais filhos.
Não temos de estar sempre a arranjar justificações, por vezes, não é o dinheiro, nem é o tempo, é mesmo a vontade. Há mulheres que não têm vontade de ter filhos, ou há as que já experimentaram as maravilhas da maternidade e não querem repetir, porque se sentem bem assim, porque se sentem realizadas.
Mas isto é coisa que até parece mal dizer. Como é possível uma mulher não querer ser mãe? Cruzes credo. E ter só um filho? Um horror, vai ser um mimado, infeliz sem conhecer o amor de irmãos, vai ser um solitário.
Ainda é difícil aceitar que para algumas pessoas a felicidade plena, o projecto de vida, pode passar por não ter filhos, ou por ter um único filho.