Isto vem mesmo a calhar com o Dia da Mãe
Enerva-me cada vez mais a velha história do filho único.
As mães de apenas um filho são olhadas de lado, não me lixem, sei bem do que falo.
Geralmente quando a conversa vai parar aos filhos é mais ou menos isto:
- Ai eu tenho 2, um casal
- Eu tenho 3, vai ser espectacular
- Eu sou uma maluca, vou a caminho do quarto
- Eu só tenho uma (esta sou eu)
E perante isto, parece que as pessoas até ficam assim meio sem jeito, sem saber o que dizer, geralmente mudam de assunto ou continuam a conversa ignorando a informação, para não terem de fazer nenhum comentário.
Outro dia numa reunião, veio a conversa dos filhos, note-se que foi a primeira vez que vi aquelas pessoas na vida, adiante... filhos para lá, filhos para cá, as pessoas envolvidas na conversa tinha vários filhos, entre 2 e 3 por casal e mais uma vez eu, só com um filho, e de repente oiço a seguinte pérola:
- Ah, ter só um filho não tem piada nenhuma.
E eu não conhecia aquela pessoa de lado nenhum, mas fiquei magoada. Olha que caraças, mas quem é este anormal para estar com estas afirmações. Ele já teve um filho único e era tão mau que teve de ter o segundo? Desculpe lá se eu me sinto bem só com uma filha e aposto que a minha filha única tem muito mais piada que os seus 3 juntos...óh seu grande estupor.
E é isto minha gente, pessoas que só têm um filho não são pessoas normais, e filhos únicos também não são normais. Aliás se calhar era melhor não terem nascido para não serem únicos, essa raça do demónio.
Quase que mais vale não ter nenhum filho a ter apenas um, que horror, que família infeliz e que criança desgraçada.
E o mal vem de todos os lados, reparem, regra geral anúncios com famílias, têm sempre mais do que um filho. Reportagens sobre mães, entrevistam sempre mulheres com vários filhos.
Começo a achar que se calhar eu não sou mãe, se calhar só um filho não conta, se calhar há um mínimo necessário para ser considerada mãe e se calhar uma família, só é uma família quando há 4 elementos, será que a clarinha (minha cadela) conta?
Olha que grande merda, noites em claro, horas em hospitais, braços dormentes de tanto colo, mamilos em sangue, coração apertado, chatices, alegrias, um amor gigante que cresce a par e passo com a preocupação e afinal andei enganada este tempo todo, achava eu que isto era ser mãe.
Sou mesmo estúpida...aliás vê-se logo, só tive um filho.
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segunda-feira, 4 de maio de 2015
sábado, 19 de abril de 2014
Com filhos, ou sem filhos...
Ultimamente tenho esbarrado com várias crónicas sobre as mães, os filhos, a taxa de natalidade, em como tudo isto se relaciona e como são influenciados.
Já li que não temos o segundo filho porque estamos tão focados em dar tudo ao primeiro, que achamos que não temos o suficiente para um segundo. Concordo, acho que cada vez mais queremos ser os pais perfeitos e não percebemos que o que damos a um filho, provavelmente dá para dividir por 2, sem que isso afecte a sua felicidade.
Também já li que não temos mais filhos porque estamos habituados a começar a trabalhar tarde e a chegar tarde a casa, o que nos dá pouco tempo útil com a criançada... verdade.
Também nesta lógica, li há pouco tempo uma crónica cujo título era, temos filhos para os ver a dormir, o que não deixa de ser verdade, na maioria dos casos tirando os fins de semana, é chegar a casa banhos jantares e cama, não anda longe da verdade... não senhora.
Só me faz alguma confusão, esta necessidade de encontrar sempre uma justificação, para quem não tem filhos, ou para que não tem mais filhos.
Não temos de estar sempre a arranjar justificações, por vezes, não é o dinheiro, nem é o tempo, é mesmo a vontade. Há mulheres que não têm vontade de ter filhos, ou há as que já experimentaram as maravilhas da maternidade e não querem repetir, porque se sentem bem assim, porque se sentem realizadas.
Mas isto é coisa que até parece mal dizer. Como é possível uma mulher não querer ser mãe? Cruzes credo. E ter só um filho? Um horror, vai ser um mimado, infeliz sem conhecer o amor de irmãos, vai ser um solitário.
Ainda é difícil aceitar que para algumas pessoas a felicidade plena, o projecto de vida, pode passar por não ter filhos, ou por ter um único filho.
Já li que não temos o segundo filho porque estamos tão focados em dar tudo ao primeiro, que achamos que não temos o suficiente para um segundo. Concordo, acho que cada vez mais queremos ser os pais perfeitos e não percebemos que o que damos a um filho, provavelmente dá para dividir por 2, sem que isso afecte a sua felicidade.
Também já li que não temos mais filhos porque estamos habituados a começar a trabalhar tarde e a chegar tarde a casa, o que nos dá pouco tempo útil com a criançada... verdade.
Também nesta lógica, li há pouco tempo uma crónica cujo título era, temos filhos para os ver a dormir, o que não deixa de ser verdade, na maioria dos casos tirando os fins de semana, é chegar a casa banhos jantares e cama, não anda longe da verdade... não senhora.
Só me faz alguma confusão, esta necessidade de encontrar sempre uma justificação, para quem não tem filhos, ou para que não tem mais filhos.
Não temos de estar sempre a arranjar justificações, por vezes, não é o dinheiro, nem é o tempo, é mesmo a vontade. Há mulheres que não têm vontade de ter filhos, ou há as que já experimentaram as maravilhas da maternidade e não querem repetir, porque se sentem bem assim, porque se sentem realizadas.
Mas isto é coisa que até parece mal dizer. Como é possível uma mulher não querer ser mãe? Cruzes credo. E ter só um filho? Um horror, vai ser um mimado, infeliz sem conhecer o amor de irmãos, vai ser um solitário.
Ainda é difícil aceitar que para algumas pessoas a felicidade plena, o projecto de vida, pode passar por não ter filhos, ou por ter um único filho.
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