quinta-feira, 16 de julho de 2009

Prova não superada!

Pois é, sou mãe galinha nada a fazer. Dou aquele ar do, ah e tal dou-lhe 5 euros e ela fica entregue, balelas ... tudo balelas quando chega a hora da verdade começam-me a nascer penas e transformo-me numa verdadeira galinha.

A Inês tem 5 anos, o ano passado pela primeira vez ficou 3 noites longe de mim, na avó, e o longe foi apenas a distância entre Portimão e Carvoeiro que são o quê?? uns míseros Km.
Mas fui forte, e pensei, deixa de ser ridícula também tens direito a um fim de semana a dois, ela fica bem e está aqui ao ladinho.
E lá fomos nós todos contentes, recordar os velhos tempos em que eramos só os dois. Claro que ao segundo dia estávamos agarrados ao telemóvel a ver as fotos dela e tivemos que nos controlar para não a ir buscar.

Este ano teve pela primeira vez praia com a escola. Por um triz, não ficou em terra. Aliás, acho que só não ficou porque a escola não deu alternativa. Lá falei com várias mães mais experientes, que já passaram por isto e percebi que estava a ser mais uma vez uma exagerada.

Outra evolução, este Verão ir passar uma semana a casa da avó, e desta vez ela em Portimão e nós em Lisboa. Lá conseguimos avançar com esta ideia, claro que estamos sempre a perguntar se ela quer meeeeeeeeesmo ir ( na remota e inconsciente esperança que ela diga que não), mas ela quer, dá saltos e já quer ir fazer as malas.

Tudo combinado, vai com os tios, o tio vai ao festival do sudoeste e a tia , que não vai ao festival, leva a inês, apanham o tio e seguem para Portimão.

Passam lá uma semana e nós na segunda semana vamos lá ter.

Perfeito podia eu pensar....mas não.

Começo a pensar numa viagem dela sem mim e começo a entrar em pânico, tento ser forte e afastar esse pensamento e convencer-me que estou a ser parva que vai correr tudo bem, que por essa ordem de ideias ela não saía de casa, porque nós fazemos viagens de carro todos os dias e não estamos livres que alguma coisa aconteca. Tentei juro que tentei...mas não consigo

O meu coração fica apertadinho apertadinho e um nasce um nó enorme na garganta.

E se acontece alguma coisa e eu não estou lá, não me ia perdoar. Se ela tem um acidente e eu não estou, não consigo, eu ia morrer por dentro.
Sim, bem sei, se ela tiver um acidente comigo também não é positivo, mas eu estou lá e o eu estar lá muda tudo.

Andei a moer este assunto uns dias a ver se passava, mas não passou, então ontem falei com o pai, ele vai-me fazer ver que não faz sentido e que está tudo bem, pensei eu. A minha sorte é que o pai é o GALO em pessoa.

Conclusão vamos a Portimão passar o fim de semana para a levar.

Se eu pensar racionalmente é rídiculo, mas quando temos filhos pensamos mais com o coração do que com a razão, e não há volta a dar... é mais forte do que nós.

PS: Telma sempre foste uma querida para a inês, e agradeço a tua disponibilidade para me facilitares a vida levares a Inês poupando-me esse trabalho. Bem sabes que não é nada pessoal.....coisas de pais galinhas
Um dia quando fores mãe vais-me entender de certeza :)

Se quiseres boleia para o Algarve é só dizeres :)

1 comentário:

Esquina da Vida disse...

AH AH AH AH
Pois é bebe... Calha a todos!!
Deixa, que mesmo que sejam mais velhos, não nos passa! Mais vale habituares-te à ideia...e já agora, vai já avisando o Inês que vão ser uns melgas!
Bjs