terça-feira, 10 de setembro de 2013

Filhos





Ontem soube que tenho 2 amigas grávidas, VIVA o verão e o calor :).

Fiquei muito, mas mesmo muito feliz.  Não me consigo lembrar, assim de repente, de melhor sentimento do que o descobrir que se está grávida (quando é desejada obviamente) e não há de certeza, um amor melhor e mais verdadeiro do que o que se tem por um filho.

Ser mãe é embarcar numa viagem do cacete, que não tem  fim :)

No entanto, estas novidades deixam-me sempre um pouco angustiada e fazem-me questionar se estarei a tomar a decisão correcta.

Tenho a certeza de várias coisas.
Tenho a certeza que gosto de ser mãe de uma filha crescida, tenho a certeza que não tenho saudades nenhumas de bebés, e de noites mal dormidas e de cólicas e de idas regulares a pediatras e de toda a logística que um bebé implica.
Tenho a certeza que me sinto realizada enquanto mãe e não sinto necessidade de ter um segundo filho.

Tenho a certeza que temos um orçamento familiar que não nos permite ter outro filho, sem termos
obrigatoriamente que fazer alguma ginástica orçamental, não temos um grande apoio familiar o que implica que em primeira instância teremos de contar só connosco.

Ter só uma filha, que brevemente irá para uma escola pública, permite-nos ficar com uma folga orçamental. Podemos mudar de casa, viajar, poupar, podemos ter uma vida mais tranquila e ser daqueles pais que podem ajudar os filhos em momentos de aperto, que podem pagar a universidade se ela não conseguir entrar na pública, que podem na loucura e se assim decidirmos, oferecer a carta de condução e o primeiro carro, e não me lixem... isso é fixe para caraças.

Tudo isto faz imenso sentido e é uma decisão  que me deixa confortável, mas a verdade é que ainda não me consegui livrar do medo de me arrepender e de ser tarde demais.

E cada vez que sei que vem bebé a caminho, sou invadida por dúvidas existenciais.










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